Todos os animais podem viajar?
A maioria das companhias aéreas transportam animais, porém algumas espécies de bichinhos ou raças não podem viajar, pois, podem não aguentar os riscos de um voo. Para raças de cachorros braquicefálicos — que possuem o focinho achatado ou pequeno— não são recomendadas viagens de avião ou devem, ao menos, evitar voos muito longos. Devido às suas dificuldades naturais para respirar e os efeitos do ar rarefeito dentro de um avião, eles podem ter falta de ar, o que é um risco a sua saúde. Todas as companhias permitem o transporte de animais domésticos (cães e gatos) de pequeno porte. No caso de animais de grande porte, devem ser transportados apenas no compartimento de carga das aeronaves, no entanto, nem todas as companhias aéreas aceitam realizar o transporte.
As regras das companhias aéreas brasileiras para o transporte de pets são bastante similares, porém é necessário estar atento às especificidades de cada companhia para não ter problemas na hora de viajar com seu bichinho. A seguir, você pode conferir as políticas das principais companhias nacionais para embarcar com seu pet com segurança e tranquilidade.
Viajar de avião com seu pet pode ser uma experiência tranquila e segura se você seguir alguns passos.
Aqui estão as etapas principais para que tudo ocorra bem:
1. Verifique as regras da companhia aérea:
– Cada companhia aérea tem suas próprias políticas para transporte de animais. Algumas permitem pets na cabine, enquanto outras só aceitam no porão. Confirme o limite de peso, o tipo de caixa de transporte permitido e se há alguma documentação extra exigida;
– Reserve a viagem com antecedência, pois o número de animais permitidos por voo costuma ser limitado.
2. Escolha o tipo de transporte (cabine ou porão):
– Cabine: animais de pequeno porte (geralmente até 10 kg, contando com a caixa) podem viajar na cabine em um espaço designado;
– Porão: animais maiores geralmente precisam viajar no porão, onde ficam em compartimentos especiais pressurizados e com temperatura controlada.
3. Prepare a documentação necessária:
– Carteira de vacinação atualizada: a maioria das companhias exige vacina antirrábica em dia;
– Atestado de saúde: emitido por um veterinário de 7 a 10 dias antes da viagem;
– Microchip e passaporte animal: aara voos internacionais, esses itens são geralmente obrigatórios.
4. Escolha a caixa de transporte correta:
– A caixa deve ter o tamanho adequado, permitindo que o animal fique de pé e se mova. Ela precisa ser ventilada e segura, evitando qualquer tipo de fuga;
– Use caixas aprovadas pela IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos), especialmente para viagens internacionais.
5. Acostume o pet à caixa com antecedência:
– Treine seu pet para ficar confortável na caixa dias ou semanas antes da viagem. Isso ajuda a reduzir a ansiedade;
– Coloque brinquedos e uma manta familiar dentro da caixa para que ele se sinta mais seguro.
6. Alimente-o com cuidado:
– Evite dar alimentos sólidos ao seu pet algumas horas antes do voo, pois o estômago cheio pode causar desconforto ou enjoos;
– Ofereça água, mas com moderação, e verifique se a caixa tem uma maneira segura de fornecer água durante o voo.
7. Faça o check-in cedo:
– Chegue ao aeroporto com antecedência, pois o check-in com animais pode ser mais demorado;
– Se ele for no porão, peça informações sobre como você pode acompanhar a entrada dele no avião e garantir que está tudo certo.
8. Durante o voo:
– Mantenha a calma, já que o comportamento do tutor influencia o bem-estar do animal;
– Não retire o pet da caixa dentro do avião, pois a maioria das companhias não permite.
9. Ao chegar no destino:
– No desembarque, verifique se o pet está bem e leve-o para um local seguro e confortável para se recuperar da viagem.
Essas dicas garantem que você e seu pet possam ter uma viagem tranquila e segura.
Como viajar de avião com seu pet, de acordo com as companhias aéreas:
LATAM
Quais animais podem embarcar?
Animais domésticos (cães e gatos) em boas condições de saúde que tenham pelo menos 8 semanas de vida podem viajar com a companhia (exceto para os EUA, que devem ter pelo menos 4 anos). Raças de pequeno porte podem embarcar tranquilamente, porém existem algumas restrições para transporte de grandes animais no bagageiro. Algumas raças só podem viajar na cabine, desde que todas as condições para o transporte sejam atendidas.
Na cabine: o peso total, incluindo a caixa e o animal, deve ser de até 7 kg. Em voos domésticos dentro da Colômbia é permitido até 10 kg/22 lbs (entre animal e caixa de transporte);
No bagageiro: o peso total, incluindo a caixa e o animal, deve ser de até 45 kg, ou de até 32 kg se a sua viagem tem origem, ou destino na Europa, na Oceania, na Argentina ou em Aruba;
Importante: devido às baixas temperaturas, o transporte de animais de estimação no bagageiro em todas as rotas com destino em Nova York fica restrito entre os dias 15 de dezembro e 15 de março (15 de abril em 2020) de cada ano. Assim, os animais só poderão ser transportados na cabine do avião nesse período.
Caixa de transporte
A caixa na qual o animal deve ser transportado precisa ter as seguintes dimensões máximas:
Para caixas rígidas: 19 cm de altura x 36 cm de comprimento x 33 cm de largura.
Para caixas flexíveis: 23 cm altura x 36 cm de comprimento x 33 cm de largura.
Documentação necessária
O passageiro deve apresentar um atestado emitido por um médico veterinário com validade de até 10 dias. O documento deve atestar que o animal está saudável para realizar a viagem.
Além disso, para voos dentro do Brasil, é necessário apresentar certificado de vacinação antirrábica, que deve ser tomada pelo menos 30 dias antes do embarque.
Em caso de voos internacionais, a documentação solicitada segue as regras de cada país. Dessa forma, é aconselhado entrar em contato com a companhia aérea para solicitar as informações sobre a documentação exigida em seu destino.
Reservas
Para viajar com seu pet é necessário fazer a reserva com a companhia, seja no momento da compra da sua passagem ou até 24 horas antes da saída do seu voo nas lojas LATAM, no aeroporto ou através da central telefônica. O serviço está sujeito a disponibilidade no seu voo, uma vez que não são permitidos muitos pets em uma mesma aeronave.
Custo
Para o transporte do animal dentro da cabine, os preços são a partir de R$200, para voos nacionais. Para transporte no bagageiro, os preços variam conforme o peso do animal e iniciam a partir de R$500 para voos nacionais.
GOL
Quais animais podem embarcar?
Podem viajar animais domésticos (cães e gatos) de pelo menos 4 meses, que pesam até 10 kg, incluindo o peso da caixa de transporte.
Se o animal pesar entre 10 kg e 30 kg, ele deve ser transportado no bagageiro. Consulte a companhia aérea para verificar disponibilidade.
Caixa de transporte
As medidas do kennel permitido são:
– Para caixas flexíveis (opção mais recomendada): 24cm de altura x 43 cm de profundidade x 32 cm de largura
– Para caixas rígidas: 22 cm de altura x 43 cm de profundidade x 32 cm de largura
A GOL vende um kennel personalizado da companhia com as medidas permitidas. Você pode comprá-lo pela internet e receber em casa.
Documentação necessária
Os documentos exigidos pela companhia são um atestado de saúde emitido por um veterinário com validade de até 10 dias, além de carteira de vacinação com comprovação de vacina antirrábica, aplicada pelo menos 30 dias antes do embarque.
Para voos internacionais, são exigidos, além da documentação acima, o Certificado Veterinário Internacional – CVI: certificado emitido para voo internacional. Válido por 60 (sessenta) dias corridos a partir da emissão. Verifique regras específicas do seu país de destino para evitar problemas no desembarque.
Reservas
A reserva pode ser feita no momento da compra da passagem online, por meio da central telefônica da Gol ou no balcão da companhia aérea com pelo menos 3h de antecedência. São permitidos apenas 4 animais por voo, portanto é recomendado fazer a reserva com antecedência.
Custo
Para levar seu pet na cabine, a Gol cobra uma taxa de R$250 por trecho para voos nacionais e uma taxa de R$600 para destinos internacionais.
Azul
Quais animais podem embarcar?
Podem viajar animais com idade mínima de 4 meses e o peso do animal com a caixa de transporte não podem ultrapassar 5 kg. O transporte no bagageiro não é permitido, somente na cabine. A companhia não autoriza pets em voos internacionais.
Caixa de transporte
A caixa para transporte do animal deve seguir as seguintes medidas: 20 centímetros de altura, 31,5 centímetros de largura e 43 de comprimento.
Documentação necessária
Os documentos exigidos pela companhia são um atestado de saúde emitido por um veterinário com validade de até 10 dias, além de comprovante de vacinação antirrábica, aplicada pelo menos 30 dias antes do embarque.
Reservas
A reserva do serviço deve ser feita através da companhia aérea em até 24h antes do voo. É recomendado reservar com antecedência, pois são permitidos somente três animais domésticos por voo, sendo apenas um pet por passageiro.
Custo
A taxa cobrada pela companhia é de R$250 por trecho, ou US$100 para compras realizadas no exterior.
VoePass
Quais animais podem embarcar?
Podem voar com a companhia, animais domésticos (cães e gatos) de pequeno porte que tenham peso até 10 kg, incluindo o peso da caixa de transporte.
Caixa de transporte
As dimensões permitidas do kennel são: 36 cm de comprimento, 40 cm de largura e 24 cm de altura.
Documentação necessária
Assim como as demais companhias, os documentos exigidos são um atestado de saúde emitido por um veterinário com validade de até 10 dias, além de carteira de vacinação com comprovação de vacina antirrábica, aplicada pelo menos 30 dias antes do embarque.
Reservas
As reservas devem ser feitas pela central telefônica. Devido ao limite de 03 animais por voo, a companhia indica que a reserva seja feita antes da compra da passagem.
Custo
A companhia cobra uma taxa de R$250 por trecho para embarque de pets.
Dicas para sua viagem com seu pet
Escolha o melhor voo
Voos curtos, com poucas conexões ou escalas são as melhores opções para os pets, pois quanto menos tempo eles passam dentro do avião, menor será o estresse para eles.
Além disso, a maioria das companhias só permite que o passageiro que leva pet se sente no assento da janela, então ao fazer a reserva da passagem escolha um assento na janela para facilitar o processo. Caso nenhum esteja disponível, a companhia irá te alocar no assento permitido.
Leve seu pet ao veterinário
Leve seu bichinho a uma consulta veterinária para verificar se está tudo certo com a saúde dele e aproveite para pegar orientações para a viagem. A medicação contra pulgas e carrapatos deve estar em dia para evitar doenças, além de todas as vacinas exigidas pelas companhias aéreas. Peça para o veterinário confirmar as vacinas e fazer o atestado de saúde. Lembre-se de checar as vacinas com antecedência, pois algumas, como a antirrábica, devem ser tomadas pelo menos 30 dias antes do voo.
Escolha o kennel adequado
Verifique as medidas específicas de kennel para cada companhia aérea. Algumas podem ser rígidas e impedir o embarque do bichinho por uma diferença de poucos centímetros na medida da caixa de transporte. É importante também acostumar o animal a ficar ali dentro. Deixe o kennel próximo dele aberto por alguns dias, para que ele possa entrar sozinho e explorar o local para se sentir mais confortável e seguro ali. Ofereça petiscos e faça com que ele associe a caixa com experiências agradáveis.
Chegue com antecedência
Para voos nacionais, chegue ao aeroporto com pelo menos 2h de antecedência. Será necessário conferir toda a documentação do seu pet e isso pode demorar um pouco. Para voos internacionais, é recomendado chegar com pelo menos 3h de antecedência.
Prepare o animal
Dê banho no seu bichinho um dia antes da viagem e ofereça uma alimentação leve e balanceada, mais próxima do que ele está acostumado. Brinque e ofereça carinho para que ele não fique ansioso. Durante o voo, não é recomendada a sedação do animal, uma vez que os batimentos cardíacos ficam muito lentos e pode ser arriscado. Somente sede o animal caso seja uma recomendação do veterinário.
Leve petiscos, alimentos e água
Apesar de não ser permitido retirar o animal da caixa de transporte durante o voo, ele poderá ficar do lado de fora na maioria dos aeroportos, momento no qual você pode aproveitar para dar alimentos, água e petiscos para ele. Assim, ele poderá relaxar e ficar mais tranquilo antes do voo.
Ao chegar no destino
É normal que os animais estranhem o novo local. Portanto, dê bastante atenção e carinho a ele para que ele se sinta seguro. Ao chegar ao hotel, por exemplo, deixe que ele cheire e explore o local para que se sinta confortável.
Cães guia
Cães guias podem viajar tranquilamente e sem custo dentro da cabine, com o dono, além de serem liberados de alguns documentos. Consulte a companhia aérea para saber as regras.
Atrasos ou conexões
Caso hajam atrasos ou conexões longas, as companhias aéreas devem fornecer água e alimentação para seu bichinho.
Autorização para que o cão entre em território americano
Cães de países de alto risco podem entrar nos Estados Unidos apenas com a aprovação prévia por escrito do CDC (Autorização de Importação de Cachorro do CDC), incluindo cães que estiveram em um país de alto risco durante nos últimos 6 meses. Essas aprovações podem ser concedidas a critério do CDC. Se sua solicitação de aprovação prévia para importar um cão for negada, a negação por escrito do CDC constituirá a ação final da agência. Nenhum recurso será permitido.
Para solicitar aprovação prévia por escrito, você deve seguir as instruções licença de importação de cães do CDC e enviar um e-mail para o CDCanimalimports@cdc.gov, pelo menos 30 dias úteis (6 semanas) antes da sua intenção de entrar nos Estados Unidos. As solicitações não podem ser feitas no porto de entrada na chegada aos Estados Unidos. Os cães que chegarem de países de alto risco sem a aprovação prévia por escrito do CDC terão a entrada negada e devolvidos ao país de partida às custas do passageiro.
Todos os cães com aprovação prévia por escrito devem entrar nos Estados Unidos em um porto de entrada com uma instalação de cuidado de animais vivos. No momento da publicação da medida, a única instalação aprovada está localizada no Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) na cidade de Nova York.
A raiva é fatal em humanos e animais, e a importação da doença pode resultar em transmissão para humanos, animais de estimação e também em animais selvagens. Segundo o CDC, desde 2007 não houveram mais casos da doença nos Estados Unidos. “Essa suspensão protegerá a saúde e a segurança dos cães, evitando a chegada de cães vacinados não vacinados ou vacinados inadequadamente contra a raiva e protegerá a saúde pública contra a reintrodução da doença”, disse o CDC, em nota.
Cães provenientes do Brasil estão proibidos de entrar nos Estados Unidos
(15/07/2021)
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) norte-americano anunciou que, a partir de amanhã (14), estará suspensa a entrada de cães nos Estados Unidos, cujo itinerário ou origem do animalzinho seja de países de alto risco para a raiva canina, ou então cujo cão estivesse em países “perigosos” nos últimos 6 meses. O Brasil se configura na lista de países de alto risco.
Segundo o CDC, a ação é temporária e é necessária para garantir a saúde e segurança dos cães transportados para os Estados Unidos e para proteger a saúde pública contra a variante do vírus da raiva nos Estados Unidos. Em 2020, o CDC identificou um aumento significativo em comparação com os 2 anos anteriores no número de cães que tiveram sua entrada negada nos Estados Unidos de países de alto risco. Devido aos horários de voos reduzidos, cães cuja entrada é negada enfrentam tempos de espera mais longos para serem devolvidos ao país de partida, levando a doenças e até mesmo à morte em alguns casos.
O CDC estima que 6% dos cães importados para os Estados Unidos chegam de países com alto risco da doença. Os cães vacinados inadequadamente não estão protegidos contra a raiva e são uma ameaça à saúde pública.
Países que são classificados de “alto risco”
Abaixo estão os países da América Latina e do Caribe classificados como “alto risco”. Vale lembrar que se o animalzinho passou por algum desses países nos últimos 6 meses ele também está proibido de entrar nos Estados Unidos, mesmo que o país de origem do voo não se configure como perigoso.
Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Nicarágua, Peru, Suriname, Venezuela.
Para acessar a lista completa de países de alto risco, acesse o site do CDC. Fonte: Passageiro de Primeira.